Pra muita gente, mudar para São Paulo é sinônimo de correr atrás de oportunidades, mas isso não significa deixar as raízes de lado. Com a atriz Michelle Barreto não foi diferente. Mineira de Belo Horizonte, ela chegou à capital paulista há mais de sete anos e fez questão de encontrar um bairro com clima de interior. Por anos viveu em uma casinha charmosa no Ipiranga, até que a proprietária decidiu vendê-la. Foi um susto, mas também uma sorte — no mesmo período a casa ao lado ficou disponível para alugar. Praticamente idêntica à anterior, mas com um bônus especial: o novo lar mantinha a configuração original, com entradinha colonial e canteiro na fachada.
Seis meses se passaram desde a mudança e, de certo modo, Michelle não precisou recomeçar do zero. Como a planta era parecida com a da casa onde morava, ela conseguiu manter a maior parte dos móveis e objetos, apenas reorganizando os espaços, testando outras combinações e adicionando uma novidade aqui e ali. Ainda assim, algo essencial continuava faltando: as cores.
“Desde que fui morar sozinha, aos 16 anos, descobri o poder das cores de transformar completamente um ambiente. E quando percebi esse poder, nunca mais parei. Também nunca fui de escolher paletas comuns… Elas revelam muito da identidade de quem escolheu e gosto de pensar que cada lugar em que morei tinha uma cor diferente, afinal eu também mudei bastante”, conta.
Antes e Depois
* Mova as setinhas nas fotos para a direita e para a esquerda para conseguir comparar as 2 versões
Na sala, Michelle quis trazer o visual bucólico que tanto a inspira, mas repaginado e com um toque de elegância. Foi assim que ela chegou à cor Marrom-luxo, da Suvinil: “Eu estava decidida a trazer um clima de roça pra casa, por isso logo pensei em algum tom terroso. Ao mesmo tempo, não queria simplesmente copiar a ideia de uma casa no campo, queria que tivesse um toque diferente, elegante. Foi aí que vi o Marrom-luxo e, bem, o nome já diz tudo, né?”. O tom sofisticado ganhou equilíbrio com o amarelo suave da cor Despertar, aplicada em uma das paredes, que trouxe leveza e luminosidade.
Na fachada, a transformação foi ainda mais marcante. Com a cor Petúnia, também da Suvinil, o sobrado assumiu um ar acolhedor e cheio de vida, chamando a atenção de quem passa pela rua. “A fachada anuncia que minha casa não é apenas um sobrado comum. Ela diz a que veio!”, conta Michelle, que se diverte com o apelido carinhoso que os vizinhos deram ao lar: “a casa rosa”. As portas e janelas também receberam nova pintura com a cor Horizonte, enquanto os balaústres foram pintados na cor Telha Nova.
Antes e Depois
* Mova as setinhas nas fotos para a direita e para a esquerda para conseguir comparar as 2 versões
O dia a dia ali é cheio de movimento: Michelle gosta de cultivar a horta em frente ao sobrado, reunir amigos para rodas de samba ou churrascos, assistir a filmes projetados na parede ou simplesmente aproveitar o sol na área externa.
Na decoração, a atriz manteve o jeito de interior com muitas peças feitas à mão e materiais naturais como madeira, sisal e algodão. Ela brinca que ali todo objeto tem uma história e, quando recebe amigos, acaba sempre fazendo um tour guiado para contar essas memórias. Como diretora de uma série de mini documentários, Michelle viaja pelo Brasil conhecendo a vida de quebradeiras de coco, povos indígenas, agricultores e tantas outras pessoas inspiradoras — e dessas experiências sempre traz lembranças especiais para casa.
Texto por Yasmin Toledo | Produção por Dora Campanella | Fotos por Leila Viegas
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