Cobogó: +10 Inspirações para Mais Iluminação e Beleza no Seu Projeto

Nem todo elemento arquitetônico nasce com a intenção de decorar. Alguns surgem da necessidade de adaptar construções ao clima, à rotina e até aos limites do espaço. O cobogó é um exemplo disso. 

Criado com um propósito funcional, ele atravessou décadas, estilos e materiais até se tornar uma peça marcante em diferentes tipos de projetos. Agora ele volta com força em propostas que buscam equilíbrio entre leveza, circulação e identidade visual.

E aí, interessou pelo assunto? Entenda a seguir o que torna o cobogó tão versátil, como escolher o modelo ideal e onde ele pode ser aplicado com eficiência e estética.

O que é o cobogó?

1. Cobogó transforma a luz natural em parte da decoração – Foto: Roberta Gewehr/CASACOR | Projeto: Luciana Moreno Arquitetura

Cobogó é um elemento vazado usado para dividir ambientes sem fechar totalmente a passagem de ar ou luz. Visualmente marcante, ele cria desenhos geométricos ou orgânicos que mudam conforme a incidência da luz natural.

Ao contrário de uma parede tradicional, o cobogó permite que o ambiente respire. Ele pode ser usado tanto em áreas internas quanto externas, adaptando-se a diferentes projetos.

Como surgiu o cobogó?

2. Cobogó de madeira destaca a luz natural com toque quente e acolhedor – Foto: Felipe Araújo/CASACOR | Projeto: Estúdio FC

O cobogó é uma criação brasileira. Foi desenvolvido no Recife na década de 1920 por três engenheiros: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis. As iniciais dos sobrenomes deram origem ao nome “cobogó”.

3. Cobogó valoriza o projetos de qualquer estilo – Foto: Fran Parente/CASACOR | Projeto: FGMF

O trio buscava uma forma de adaptar as construções ao clima quente e úmido da região, e inspirou-se em elementos arquitetônicos árabes e coloniais, que usavam estruturas vazadas para promover ventilação natural. O resultado foi um produto funcional e, ao mesmo tempo, esteticamente interessante. Uma ideia simples que atravessou décadas e continua em uso até hoje.

Quais são os materiais mais usados?

4. Cobogó é arquitetura que respira – Foto: Edgard César/CASACOR | Projeto: Studio Vírgula + Studio Vanguarda

Atualmente, o cobogó pode ser encontrado em diferentes materiais, cada um com efeitos visuais e usos distintos. Conheça os principais:

  • cerâmica: leve, colorida e bastante usada em ambientes internos. Pode ter acabamento fosco ou brilhante, o que amplia as possibilidades de estilo;
  • cimento ou concreto: robusto, resistente e ideal para áreas externas e fachadas. Combina com decoração rústica e industrial;
  • vidro: permite ainda mais entrada de luz, além de criar efeitos interessantes com transparência e reflexos. É usado principalmente em projetos contemporâneos;
  • madeira: indicado para interiores ou áreas protegidas. Confere aconchego e harmoniza com estilos rústicos ou escandinavos;
  • MDF: leve e econômico, serve para divisórias internas. Não resiste à umidade, por isso exige locais secos;
  • gesso: leve, decorativo e barato. Só deve ser usado em ambientes internos sem contato com água. 

Onde o cobogó pode ser usado?

5. Cobogó traz movimento, textura e leveza aos espaços – Foto: Edgard César/CASACOR | Projeto: Anastácia Hersen e Matheus Mendes

Uma das maiores vantagens do cobogó é a versatilidade. Ele pode ser inserido em diversas partes da casa, com funções diferentes:

  • divisórias internas: ideal para separar ambientes como sala e cozinha, quarto e closet ou banheiro e área de lavatório. A sensação de amplitude se mantém mesmo com a separação;
  • fachadas: em áreas externas, o cobogó ajuda a controlar a entrada de sol, protege a privacidade e adiciona identidade à construção;
  • jardins e varandas: usado como muro ou painel decorativo, ele permite a passagem de vento e luz, criando um efeito leve e agradável;
  • lavabos e banheiros: em versões menores, pode substituir partes da parede ou ser instalado acima de janelas.

O que considerar antes de escolher?

6. Versátil, o cobogó combina com diferentes estilos e necessidades do projeto – Foto: Julia Tótoli/CASACOR | Projeto: Maria Araujo Arquitetura

Antes de definir o modelo ideal, vale observar alguns pontos importantes:

  • estilo da decoração: cobogós com formas geométricas combinam com espaços contemporâneos. Já os modelos com curvas e detalhes artesanais se alinham com propostas mais afetivas ou retrô;
  • proporção e repetição: um cobogó pequeno pode desaparecer se usado isoladamente. em contrapartida, usar muitos módulos em ambientes pequenos pode causar excesso visual;
  • manutenção: em áreas externas ou úmidas, use modelos resistentes. Em ambientes internos, prefira cerâmica pela facilidade de limpar;
  • cor: tons neutros tendem a combinar com tudo, mas cores vivas podem destacar o cobogó como peça decorativa principal.

Como combinar cobogó com outros elementos?

7. Cobogó adapta-se a áreas internas e externas – Foto: Mariana Boro/CASACOR | Projeto: GF Arquitetos

O cobogó se adapta a diferentes acabamentos e valoriza o ambiente quando usado com materiais que criam contraste ou continuidade.

  • com madeira: equilibra os vazados com o aspecto acolhedor da madeira, criando uma atmosfera mais quente e receptiva;
  • com cimento queimado: reforça o visual urbano e destaca a textura dos materiais. Combina também para propostas contemporâneas;
  • com iluminação pontual: luz lateral ou inferior realça os desenhos e projeta sombras que movimentam o ambiente;
  • com pedra: adiciona rusticidade e textura. É ideal para áreas externas ou espaços com estética natural;
  • com metal: cria contraste visual e reforça uma linguagem mais industrial ou minimalista;
  • com vidro: mantém a leveza e amplia a passagem de luz, ideal para espaços compactos ou bem iluminados.

Cobogó é só decorativo?

8. O cobogó organiza e decora ao mesmo tempo – Foto: MCA Estúdio/CASACOR | Projeto: Adriana Valle e Patricia Carvalho

Apesar da aparência artística, o cobogó cumpre funções práticas. Ele ajuda a melhorar o conforto térmico, diminui a necessidade de luz artificial durante o dia e aumenta a circulação de ar. Em locais muito quentes, essa ventilação cruzada pode até reduzir o uso de ar-condicionado.

Além disso, ele contribui com a acústica do ambiente. Embora não seja isolante, o padrão vazado pode suavizar ecos e reverberações em áreas maiores, como escritórios ou salas integradas.

Vale a pena usar cobogó em projetos pequenos?

9. O uso do cobogó revela personalidade em cada recorte e passagem de luz – Foto: André Nazareth/CASACOR | Projeto: Up 3 Arquitetura

Sim. Mesmo em espaços compactos, o cobogó pode fazer diferença. Ele funciona como uma divisória leve, que separa ambientes sem fechá-los. Isso é especialmente útil em estúdios, kitnets ou apartamentos pequenos, onde cada centímetro conta.

Se a ideia for usá-lo como destaque visual, escolha uma parede de fundo ou ponto focal do cômodo. A repetição das formas cria ritmo e textura, o que valoriza a decoração sem exigir móveis ou objetos extras.

10. Em casas, apartamentos ou comércios, o cobogó agrega valor e identidade – Foto: Felipe Costa/CASACOR | Projeto: Duda Machado, Michelle Marie e Rodolpho Baracho

Para que o cobogó seja integrado de maneira eficaz e traga todos os benefícios esperados ao seu ambiente, é fundamental consultar um arquiteto. Afinal, o profissional tem o conhecimento técnico necessário para planejar a inserção do cobogó na estrutura do seu imóvel, assegurando um resultado harmonioso e funcional.

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